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Bioatividades

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Purificação Da Água

15/10/2019

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A purificação da água com plantas medicinais é uma prática muito antiga e cada dia mais necessária, visto que a maioria das nascentes estão sujeitas á poluição proveniente da atmosfera e dos solos e a água canalizada é tratada com substâncias químicas, com a intenção de eliminar microrganismos, mas acabam por sobrecarregá-la com compostos químicos que, cumulativamente, provocam toxicidade. 
Conhecem-se várias plantas com capacidade de limpar a água, efeito comprovado pela recuperação do seu aspecto cristalino.
Nesta época utilizo rizoma de gengibre, poderoso emulgente de toxinas. Contribui também para melhorar o estado alcalino. 
 
A imagem mostra rizoma de gengibre por mim cultivado. 
Imagem

Constatei que no estado subespontâneo mantem as suas características. As mais perceptíveis consistem na forma do rizoma, na textura, na cor, no peculiar sabor picante.
A qualidade e o estado de evolução do rizoma de gengibre é essencial para se obter bom resultado, bem como boas práticas de limpeza e de preparação.
A razão subjacente a boas práticas de purificação da água prende-se com a importância que exerce no nosso organismo, constituído essencialmente por água. 
 
A purificação da água, com rizoma do gengibre realiza-se pelos processos de decocção e decantação, já descritos no livro Biochá. 
 
Relativamente á manutenção da água purificada com rizoma de gengibre, a minha experiência ensinou-me a guardá-la num frasco de vidro opaco. Protegida da luz e a temperatura ambiente conserva-se, aproximadamente, 9 horas.
O Modelo de frasco por mim utilizado está exposto no artigo dedicado aos apetrechos utilizados no Método Biochá.
 
Uso
Utilizo-a como bebida revigorante. 
Uso-a, também, na lavagem de vegetais, especialmente, os consumidos no estado natural. 
Utilizo-a, ainda para a higiene: em gargarejos, aplicada em compressas e no banho de pés. 
 
A prática de purificação da água é uma das minhas bioatividades diárias.
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A Minha Dieta

15/10/2019

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Comecei a seguir um sistema de vegetarianismo, tradicionalmente conhecido por Shojin Ryori, quando iniciei a prática do Zazen no mosteiro Rinsho-Ji, no Japão. 
A palavra Shojin de origem sânscrita significa pureza e harmonia. O termo foi escolhido para designar o regime alimentar, dos ascetas indianos do jainismo e do budismo. A sua forma de vida contemplativa levou-os à descoberta de plantas com elevado valor nutritivo e efeito purificador. 

A divulgação deste conceito de vegetarianismo, foi veiculada pelos monges peregrinos que da Índia passaram à China, à Coreia e ao Japão. 

No Japão, foi Dogen-Ji, que desenvolveu os princípios da Shojin Ryori, resultado de conhecimentos adquiridos nos mosteiros Chan, no sul da China. Ao fundar a escola Soto Zen, estabeleceu regras para alimentação dos monges, transmitidas numa partilha de vivências. O cozinheiro foi eleito pelos seus dotes de concentração, elevado discernimento e criatividade.
 
Tive o privilégio de praticar este sistema de vegetarianismo com o mestre Keizo Kobayashi, percursor de conceitos-chaves escritos por Dogen-ji, relativamente à dieta, com regras austeras de higiene, a fim de se alcançar o estado de pureza tão almejado. 
Da minha formação fez parte a identificação de plantas nas montanhas circunvizinhas, preceitos de colheita e práticas de preparação de acordo com as características inerentes a cada parte da planta a utilizar, enaltecendo as suas qualidades perceptíveis, principalmente, na cor, no aroma e no sabor. 
A conjugação de cinco cores, geralmente, verde, branco, amarelo, vermelho e preto, formando um conjunto harmonioso, é um dos princípios das receitas. 
Embora haja diversidade de ingredientes, o regime alimentar dos monges é sóbrio em quantidade. A ingestão de alimentos é sempre inferior a 85% da capacidade do nosso estômago e durante o processo digestivo há abstinência de ingestão de alimentos.
Há também abstenção de alimentos sólidos desde o pôr-do-sol até às 10 horas solares. Este sistema de jejum, favorece a limpeza orgânica realizada durante o sono.
O primeiro alimento do dia consiste num chá preparado com água viva e pura da nascente e plantas medicinais da região circunvizinha, o que produz um ritmo de renovação de líquidos eliminando resíduos, hidratando e revigorando o organismo.
O chá proporciona plena satisfação e os agradáveis aroma e sabor tornam o hálito fresco, preparando o paladar para apreciar o almoço. 
De referir, ainda, que esta prática de purificação matinal, proporciona um estado crescente de vitalidade. 
O almoço é servido às 10 horas solares. É a refeição mais variada do dia.
Decorridas 3 a 4 horas toma-se chá e frutos, frescos ou secos conforme a época.
O jantar, servido antes do pôr do sol é constituído por uma sopa.
Segue-se então o período de abstinência de alimentos sólidos, o que favorece a prática do Zazen no final do dia. O jejum beneficia, também, o descanso noturno.
 
Do ponto vista físico e espiritual este regime alimentar tem efeitos benéficos comprovados, uma vez que nos mosteiros Sotos Zen não se pratica nenhum tipo de medicina e os monges atingem idades avançadas sem sinais de senilidade. 
 
Com os conhecimentos adquiridos e o contacto direto com uma grande diversidade de plantas autóctones e por mim cultivadas tenho vindo aprimorar a minha dieta, com efeitos benéficos comprovados na melhoria do biossistema e da economia doméstica.
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